Foi há muito muito tempo atras ele me disse
Eu ainda acreditava mesmo no fogo da paixão
E sabia que não podia deixar que a chama caísse
Teria que mantê-lo como uma noite ardente de verão
Caminhei contra o vento teimoso insisti em não ouvir
Eu queimaria toda a madeira do mundo se necessário
Mas ainda que criasse mil clareiras não teria como fugir
A madeira por melhor que fosse acabaria como eu solitário
Mas não tem de ser assim ele dizia observe as cinzas
E eu não entendia...
E foi quando caminhei a favor do vento que vi o que era mais importante
A madeira apenas cria o fogo mas das cinzas surge o que mais tem valor
O vento leva tudo o que se aprendeu e viveu com todo aquele fervor
Cria o que alguns chamam de feitiço e põe dentro de um lindo diamante
Eu chamo isso de verdadeiro amor
Mas sei lá nem sempre isso acontece assim
E sentimos essa coisa chata essa marca de dor
Ouça o que digo acredite nas cinzas confie em mim
Deus abençoe as cinzas que escrevem nos quadros da vida
As alegrias e as dores que cada um de nós precisa passar
Carlos Correa
Comentários
Poesia profunda! Adorei! Aplausos!
Boa Noite!! Obrigado Edith por seu carinho, fica com Deus.
Amém!
Obrigado minha amiga por sua gentileza, Deus a abençoe.