Fissuras sem voz

Algumas vezes a gente para fecha os olhos e para
Por um segundo por um suspiro o nosso mundo silencia
E num sussurro ao avesso trazemos de volta os sonhos
Recolhemos cada um deles que mergulham na fenda salgada

E chegam com tanta força penetrando nessa porção escura de mim
Que cortam que sangram tornando versos vermelhos em azuis
Talvez seja essa a origem das lágrimas rios de sonhos envelhecidos
Que escapam pelas esquinas dos olhos e evaporam renascendo em palavras

E eu luto diariamente eu luto para que meus sonhos não transbordem
Que ainda que eu os tenha trazido de volta num murmúrio taciturno
Que eu consiga colocá-los no colo de um sorriso e não em uma fissura sem luz
Se irão renascer em palavras que seja em uma canção de força e emoção

Algumas vezes a gente para fecha os olhos e para
Por um segundo por um suspiro o nosso mundo silencia
E num sussurro ao avesso trazemos de volta os nossos sonhos
Mas eu vou recolher cada um deles regar com minhas lágrimas

...e cultivá-los novamente com o brilho e o calor de meus olhos...

Deus nos proteja da força de um suspiro noturno
Carlos Correa

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