Folha de outono

Em meio ao sax que soava como uma declaração
Olhei por entre a maré giratória de meu Bourbon
Fui até uma imagem e ela sorria como uma canção
Deixei-me levar cheguei a crer que era o seu batom

Tolice dar confiança a imagens entorpecidas de ontem
Acreditar que o perfume que sinto vai além de saudade
Ou não entender que essas barras invisíveis remontem
De um tempo distante ali colocadas pela reciprocidade

Eu escrevo aqui nesse pedaço de uma folha de outono
Amarelada por uma história de amor que deixou o verão
Sem jamais renegar que a asfixiante sensação de abandono
irá embora após repetidas primaveras que sei ainda virão

Enquanto isso escondidas em algumas melodias
Estarão gravadas como em um código camuflado
Poesias de tempos idos despertadas na nostalgia
Onde recordo cada beijo cada toque apaixonado

Deus abençoe o que os séculos mantêm
Carlos Correa

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Comentários

  • Gestores

    Um poema inspirado no Sax e no próprio talento.

    Um poema inspirado e apaixonante.

  • Uauuuuu,que lindeza Carlos Manuel!!

    Abraco

  • Boa tarde sonhador dos vocábulos! Sem sombra de dúvida, outra bela alcatifa literária e seus versos são como carícias, palavras que são declarações..., poesia pura! Portanto, deixo aqui meus cumprimentos e um forte abraço! #JoaoCarreiraPoeta.

    • Ah João...sua gentileza nas palavras realmente emociona...obrigado amigo. Deus o abençoe

  • Carlos

    seu versar ficou maravilhoso

    um abraço

  • Belíssimos versos de muita emoção, o sax maravilhoso instrumento que por si só é muita inspiração.

    Demais versos Outonais.

    Lindíssima música.com Capertens...

    Abraços fraternos prezado Poeta Carlos Correa 

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