Gargalhadas esquecidas

Quando as luzes aos poucos se apagam
Venho e sento-me sozinho em meu bar
Ao invés de aceitar as lágrimas que chegam
Abro uma porta que me leva a algum lugar

Guardo comigo uma lembrança caso deseje ficar
E eu corro muito sirvo-me de gargalhadas esquecidas
Escrevo o que vejo nos riscos do vento pra depois lembrar
Aqui pela ampulheta de uma canção sinto-me cheio de vida

Percebo-me cansado ainda que lute muito contra isso
Me assusta não buscar novos sabores da velha Primavera
Aceitar calado palavras que ao espelho me deixam submisso
Ouve um tempo em que os sonhos me moviam não o que já era

Graças a lembrança que levei comigo eu pude voltar
Voltei ao encontro de um abraço que fosse apertado
Agora sentado em meu fictício bar com a caneta a girar
Só posso esperar arrisco um verso enquanto ouço este fado

Deus abençoe os que atravessam a madrugada
Carlos Correa

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Comentários

  • Encantada com tanta beleza. Parabéns, Carlos!

    DESTACADO 

    Um abraço 

  • Maravilhosa inspiração. Leitura imperdível na sua página. Abraços

  • Gosto de ler-te, haja visto que, há em teus poemas uma hegemonia de beleza muito grande em teus versos. Parabéns.

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CPP