"GASPARINO"
Descendente de alemães, italianos, poloneses, portugueses, espanhóis, franceses, belgas, índios, bugres, etc...
Por isso não temo nada.
Levanto cedo, arregaço as mangas e vou ao trabalho.
Quando me perguntam o que sinto quanto as calamidades que assolam a humanidade, apenas sorrio e digo: "Sou forte". Por isso DEUS me deu dois braços que fazem todo o serviço que preciso. Duas pernas que conduzem meus pés onde desejo ir. Dois olhos para olhar e ver o mundo e tudo o mais que nele existe, com muito amor e muita gratidão.
Por isso, sou completo.
E, para aclarar ainda mais, explano o seguinte:
Do alemão herdei a virtude da organização que me impele cada vez mais a desejar tudo na maior ordem possível.
Do italiano, bonachão por natureza, que me trouxe a vontade de lutar e de batalhar para conseguir as melhores coisas.
Do polonês herdei o gosto pelo cultivo e "sangue quente" que me faz enfrentar qualquer dificuldade.
Dos portugueses e espanhóis o gosto pela conquista de ideais que levaram aqueles povos a desbravar continentes sem fim.
Dos franceses e belgas, sonhadores por natureza, a capacidade de transformá-los em realidades.
Dos índios e bugres a rudeza na conquista dos desbravamentos que fizeram germinar todas as conquistas adquiridas através de longos séculos, abrindo caminhos na terra para que eles pudessem trazê-los desde a remota história até os tempos atuais.
Este sou eu, GASPARINO de corpo, alma e coração.
Destemido por sua natureza mesclada por várias raças.
Conhecedor de sua força e suas qualidades.
Corpo cheio de cicatrizes de tempos idos onde ancestrais trilhavam na tentativa de encontrar campo aberto e largo para preenchê-los com suas sementes mentais.
Se pudesse dividir meu sangue em partículas, separando-as por raças, faria de minha casa um lar universal.
Sou assim, um GASPARINO novo que busca encontrar seu caminho e seu lugar neste pequeno recanto onde os Deuses preservam a humildade como a pedra chave na conquista dos ideais.
Sinto-me tremer de emoção ao perceber a minha universalidade.
Sou um pequenino ser, numa pequenina cidade, desconhecida praticamente de quase todos os recantos do mundo, transformando-se num batalhão imenso com raízes espalhadas por todo o Universo.
Sou a continuidade de várias raças que tenta encontrar o elo perdido para fazer cumprir as promessas dos meus ancestrais.
Se os pudesse ver e com eles conversar, simplesmente resumiria tudo em duas pequenas palavrinhas: "Muito obrigado".
Muito obrigado a vocês: mamãe, vovós, tataravós, etc..., etc..., etc..., por não terem tido a infeliz idéia de abortar um de seus filhos.
Muito obrigado: papai, vovôs, tataravôs, etc..., etc..., etc..., por terem seguido fielmente o que lhes ensinou o "Grande Mestre": "crescei-vos e multiplicai-vos para assim poder perpetuar a humanidade". Por isso "eu existo". Por isso "eu sou a continuidade" da primeira semente plantada a milhares de anos atrás. Por isso devo mentalizar para que essa árvore da vida continue a produzir bons frutos e para que não se apague da mente de meus filhos, netos, bisnetos, tataranetos, etc..., etc..., etc... e continue a produzir bons frutos.
JC BRIDON
Comentários
Um texto muito interessante. Prende a atenção do leitor.
Por concordar com o Poeta João, torno sua obra DESTACADA.
Uma bela autobiografia ancestral..... Muito importante saber de onde viemos e de que descendência....
Um texto otimista e maravilhoso
Parabéns amigo Bridon
Abraços
Parabéns amigo Bridon! Um texto muito interessante....Abraços!
Uauuu!!! Bridon que belo texto,
não sei como se chama, mas DESTACARIA de qualquer jeito
Parabéns!
#JoãoCarreiraPoeta