PUBLICADO no CPP
Ilusão
Olhei as espumas que se dissiparam
Nas areias da praia evaporaram
Os coquetéis de água que estimulam
As marés que subiram e o mar desceu
As palavras antônimas que se amaram
O placar da vitória que se perdeu
O prato cheio de alimento vazio
Alma vazia que me permeio
O chão duro que é terremoto
Usa eterno descartável
Um descartável usável
O meu coração de veias inerte
A injeção de ânimo que não injete
As chuvas fracas foram temporais
Seres humanos que foram animais
Seguem qualquer lugar como gado
As máquinas produzem o arado
As matas crescidas desmaiaram ao chão
O planeta dura demais agonizando
Os maracujás murcharam no caramanchão
As galáxias transmutaram-se em uma só
Ah! Tenha desta rica vida uma certa dó
O universo em inúmeros versos
Um cabresto que nada prende
Vê se você aprende e se entende
Durma um sono de pesadelo e anjos
Faça uma blusa com um novelo
Tricote até a próxima estação
Ame o amor desejado e sonhado
Arrume cedo a cama de manhã
Faça uma longa viagem a pé
Vá na estrada sob a luz do luar
Em noite de tempestade solene
Acorde na manhã ensolarada
De sol firme , forno e de vida
E siga em frente pelo caminho
Neste dia festivo sem festas
De tudo o mais que adoça o mapa
Um novo pergaminho se fez
Desta
vez nada se desfez
Fim
ADomingos
Maio 23
Comentários
Belos versos!!!
Parabéns, Antônio!
Abraço
Obrigado amiga Márcia de coração
Abraços
Sublimes versos. DESTACADO.
Obrigado amiga de coração
Abraços de
ADomingos
Parabéns pela inspiração poeta e amigo querido
Meus aplausos,de pé!!
Obrigado amiga Ciducha
Abraços