“Insignificâncias”
Este estranho amigo comum incomum
Vem sem convite para o café da manhã
Sorve água e pega os alimentos do chão
Este estranho pequenino ser de algum
Lugar lunático próximo meu nhanhã
Depois canta alegre como um chorão
Seu bom dia e um beijo em minha mão
Vem insignificante e puro para o almoço
Cata e come os alimentos nos claros pisos
Ingere bastante o sólido até com caroço
Parece viver em novo mundo sorrisos
Um vivente de alma calma prodigiosa
Pensamento em vão no vão a despeito
Boa tarde é um beijo em meu peito
A noite chega e ele chega sobrenatural
Não vem para a janta, não sabe jantar
Vem para dormir no pano de prato
Aconchegado fecha os olhos som gutural
Antes um instante precisa um breve cantar
Uma oração de sensual abstrato
Dorme o sono dos justos bem a gosto
Antes me dá o beijo no sujo rosto
Final
Antonio Domingos
Comentários
Muito lindo!
Usou da criatividade pra valer.
Faço a mesma pergunta de Edith.
Um abraço
Olá amiga Márcia.
Veja a minha explicação para Edith.
São os passarinhos que vem cedo comer as migalhas do chão da minha cozinha.
Daí veio a inspiração Poética
Grato amiga por ler e comentar
Abraços de Antonio
Criatividade que encanta. Parabéns pela poesia
São os passarinhos que vem cedo a cozinha comer migalhas do chão.
Daí me veio a inspiração
Obrigado amiga por seu comentário
Abraços de Antonio
Parece insignificante, mas não é. Porém é o quê, um gato? Um passarinho? O que viria a dormir no teu pano de prato?
As pequenas coisas, às vezes insignificantes, possuem grande poder na reflexão e inspiração do poeta ou de quem se coloca em ponto observação.
Aplausos!
São os passarinhos que me visitam de manhã cedo a mordiscar migalhas de pão e outros alimentos no chão.
Daí me veio uma inspiração e saiu estes versos.
Gratidão por valioso e conciso comentário. Muito Feliz
Abraços amiga Edith por generoso comentário