Deveria não vê-la todos os dias
Até perder o medo da saudade
Deixar de imaginar possibilidades
Excluir da rotina toda mania
Desvincular a ousadia de acreditar
Que tu ou dormes junto às estrelas
Ou vives entre todas para incandesce-las
Apagando a máscara azul do firmamento
Para que na densa negritude eu possa vê-las
Para o momento um bocejo
E mais tarde um banho de sereno
Tornará suave esse fardo de exageros
Enquanto rezo benfazejo
Os sacros ofícios das vésperas
Mastigando as contas de um rosário
Aguardo-te peregrina e eu romeiro
Eu sou a guia que se serve da cegueira fria
Dentre vocábulos antológicos de um dicionário
E tu meus dedos que te reescrevem candeeiros
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