Lago negro

Ainda que de olhos fechados eu podia ver
Ainda que distante eu podia ouvir o som das estrelas
Ainda que ninguém estivesse ao meu lado
Me sentia acolhido e percorrido pelo toque do luar

O som das gotas caindo sobre o imenso lago negro
Trazia-me a imagem das ondas tão frágeis quanto eternas
E eu talvez fragilizado ainda que aquilo fosse impróprio
Escolhi levantar o véu de meus olhos e entrei na roda

E daquele instante em diante você passou a iluminar minhas noites

Por tanto tempo acreditei ser frágil tão frágil quantos aquelas ondas
Que se formavam de uma pequena gota de lágrima ou de uma estação vazia
Mas quando percebi a força da eternidade de seu caminho
Olhei bem nos meus olhos e reconheci a magia cantei uma canção

E foi então que a sua luz passou a iluminar as minhas noites

Hoje consciente de quem sou frágil sim pela sensibilidade do luar
Caminho na força que me traz a certeza da eternidade
A beleza do que meu coração anuncia a cada novo dia minha verdade
De que o grande lago negro meu infinito universo é você

Meu humilde e infinitivo verbo amar

Deus nos abençoe
Carlos Correa

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP