LÁGRIMAS FRIAS
Uma... duas... três... lágrimas frias, foram do céu caindo,
Não sei... se de tristeza, ou talvez de preocupação,
Mas uma coisa eu senti... que o céu estava talvez sentindo,
A amargura que em mim tinha... o vazio desta minha solidão.
Da solidão que vem da minha alma, do fundo do meu sentir,
Da falta da brisa suave que já não oiço nas serranias a cantar,
Do trinado da passarada... que cedo se deixou de ouvir,
Porque o céu cinzento, só lágrimas tristes na terra vem lançar.
Agora oiço, também ao longe, um trovão a ribombar,
E eu não sei se são foguetes de alegria, ou um canhão a matar,
E vejo crianças sofrendo, de frio e de fome morrendo,
Sem ninguém se preocupar, com o que na vida estão sofrendo.
E vejo homens adultos olhando... fingindo que não estão olhar,
Com aviões ou com tanques e canhões, nesta vida, guerreando,
E os homens ricos, novos jogos de guerra, inventando,
Para as crianças, cedo aprenderem, no futuro, a se matar.
Mas na esperança, o céu cinzento aos poucos se está abrindo,
E o sol, já espreitando, de novo começa para mim sorrindo,
Talvez querendo, com a minha solidão, já terminar...
E de novo, tudo o que me rodeia, começa neste dia a despertar,
Entoando nos sons da natureza, o cantar duma nova sinfonia,
E junto a mim, já oiço gargalhadas infantis de alegria,
E ao longe... ainda lá muito ao longe...
O som dos foguetes, no céu das estrelas... lá no alto a rebentar.
(J. Carlos - Junho. 2009)
(imagem da Net)
Comentários
Amiga Angélica, Feliz por ter vindo ler este meu simples poema e dele ter gostado:
O meu Fraterno abraço e desejos de... um Bom fim de semana.
J. Carlo
Belíssima poesia, a esperança é que motiva a vida. Aplausos mil
Amiga Poetisa Norma Moraes, Feliz pela sua visita, pela leitura e incentivador comentário... que muito agradeço.
Fraterno abraço e... Bom fim de semana.
J. Carlo