Lágrimas na noite
Hoje, quero a canção mais pura
Saio da ausência no tempo
E debato-me em silêncio
Para escutar meu amor que se foi
Em uma noite enluarada...
Preciso da ternura do luar
Para clarear meus pensamentos
Que surgem embotados
Nessa louca e incessante busca
Para sair da solidão que me atrofia...
Mas não existe luar lá fora
A chuva respinga em mim
Cai uma gota, mais uma, mais uma
E outras que tamborilam na tecla invisível
Da minha mente silenciosa e fria...
Nesse silêncio, escuto uma canção
Que parece vir de longe, muito longe
É uma canção nostálgica que penetra em mim
E a chuva cai como lágrimas opacas
Nesse estado de inércia e dor...
Mena Azevedo
Comentários
Muito obrigada, poeta Sam! Bjs.
Obrigada, Márcia! Bjs.
Muito obrigada, Edith! Bjs.
Cumprimentos por tão bela obra! Seus versos bailam ao som da sua alma.
Um recolhimento do eu em si próprio entre o barulho da chuva, o silêncio do cômodo e solidão de si.
Lindo poema. Meus aplausos Mena.
Parabéns!