Lua

Lua... faça nascer em mim o calor do pecado,
faça-me sentir o furor da paixão.
Meta-me os cornos, que eu me sinta culpado —
quero desfrutar o sabor da desilusão.

Tire minha alma deste triste mar gelado,
todos os meus sentidos imploram por sonhar,
pois todos os sonhos são fugazes e alados,
e eu nunca, na vida, aprendi a voar.

Da vidraça eu te vejo — sou apenas um vidro,
evitando sonhar, temendo se instintivo,
estático e parado, apenas olhando a vida,
e na ausência de emoção, buscar uma saída.

Lua, faça de mim uma pedra a rolar,
por um desfiladeiro áspero e infinito.
Transforme as minhas lágrimas de chorar,
em puro som — do meu último grito.

Alexandre Montalvan

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Alexandre

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Comentários

  • Lindo demais! Parabéns, Alexandre.

    Abraços 

  • Lindos versos,Alexandre!

    Abraço

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