Lua de ámbar

Nascemos e lentamente morremos, o verdor madura e a ilusão perturba a visão, a lua de ámbar cristaliza rosada em nossas memórias, 

Rapto teu sorriso vermelho de amor nessa noite grave de inverno e vento, sinto na alma essa antiga dor cheia de bordéis e parques, calçadas desertas e remotas manhãs de sol,

O poema recolhe incertezas e solidões e cria belezas em papel queimado, evaporando ocasiões e narrativas, logo a aridez dos anos reseca a pele como cortina que vai se fechando na melancolia,

Finalmente chegamos nessa membrana delicada de aprender a sonhar e compreender que não há distâncias para atravessar, somos livros selvas e passeios, somos mapas e desenhos em metal e fogo, respostas sem perguntas, apenas estrelas ardentes numa escala infinita.

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Diego Tomasco

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