Mágica geada

 

Mágica, geada

Vai tarde a noite, cai uma geada desinibida,
Ouve-se silêncio, é um louvor.
Na luz brilhante da lua meio escondida,
reflito-me em ti mesmo, Amor.

No ar, que já arrefeceu as baladas,
Fez fria a tua roupa sair,
Para o céu as roupas atiradas, amarrotadas,
O amor se fez surgir...

Agora fico no silêncio, contigo ocupado.
E a ouvir a geada fria a surgir
Não durmo, fico mais um bocado,
A ouvir a tua voz a sumir.

E as estrelas meu amor!? A brilhar...
Procura saber sobre elas, o meu coração!
Não me ousa te perguntar
Se isto é amor ou é paixão.

Nestas lindas e preenchidas horas
Que me apertas-te, suada
Em que me amas e me namoras,
Onde ficas aconchegada como a geada...

Estou te a ouvir e a pensar,
No que te darei se continuarmos assim,
Nesta magia, no segredo, que não é, neste sonho para mim...
E para ti. Onde estamos? Onde existimos onde tudo é real.

Amor! És a cor e a noite, lua e a mais brilhante.
O frio que me afastas falou-me, pela ternura nos teus olhos!
As tuas mãos nunca me deixam, nem arrefecer.
Nesta geada, o meu coração, não te quer perder...

  1. Bruno Alves
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Bruno Alves

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Gestores

    Muito bonito, Bruno. Escrito com o coração.

     

    • Olá Margarida sim foi escrito com o coração, aliás foi um momento verídico a qual consegui transpor para o poema em rima. Muito obrigado pela apreciação. 

This reply was deleted.
CPP