MARIA

 

Num límpido dia de sol a chuva cai.
Acaricia serenamente as flores; a grama.
Suavemente uniu-se a tímida lágrima
Que independente do querer escapa dos olhos.

Caminha carregando: Angústia, dor e medo.
Com passos vacilantes mira a grama madura
Que parece saltitar pelo banho inesperado.
Mesmo na aflição olha a paisagem com ternura.

Segurando coisa alguma abraça seu peito
Como quem tem medo de perder algo precioso.
O vestido branco e fino aperfeiçoa seu corpo esbelto.
Vez por outra engole um soluço alto.

Sentindo a vida iníqua deixa-se cair no chão de argila,
Ainda abraçando-se soluça sem excesso de amargura,
O sol sai forte, caída brilha na grama a rubra pétala
Afrescada pela chuva oportuna; de cura!

A brisa morna trás o sibilar do seu nome: _Maria!
Com o coração aos pulos e olhos de alegria
Volta-se para o caminho percorrido. Pensa sonhar...
Arrisca-se! Corre para seu bem querer encontrar.

Luly Diniz.

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Comentários

  • Maravilhoso poema,Luly!

    Parabéns.

    Bjs 

    • Obrigada estimada poetisa, tenha uma linda noite, beijos..

      Luly 

  • Belíssima Poesia amiga Luly Diniz

    Meus parabéns pela publicação

    Antonio Domingos 

    • Obrigada poeta e amigo Antônio Domingos, prazer ter seu comentário.

      Abraço da Luly Diniz 🌹 

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