De repente privastes-me os lábios
Ainda que estejas à minha frente
É diferente ouvir tua voz
Sem vê-los pronunciar as palavras
Entender a gargalhada
Sem poder contempla-los sorrir
Sentir que me querem e beijam
E não olha-los franzir maliciosamente
Quando a língua os umidifica
Sibilar por entre os dentes
Escondem-se do batom
Daquele tom que tão feliz te põe
Ficaram ocultas as maçãs da face
Que aspiravam meus olhos no relance
Pelo contorno da tua insinuante boca
Semicerrada quando me ouvias atenta
Balbuciante e de mim faminta
Perdestes o balanço da cara
Assoprando fios rebeldes do cabelo
Que compõe a tua morenice doce
Que saudade de quando mentias
Insinuantes e disfarçados caprichos
Expressões e segredos sem máscaras
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Comentários
Encantada com teus versos Paulo! Parabéns!