MESA DE BAR
A noite é fria... Lá fora a chuva incessante
Lembra tua ausência que chega a todo instante...
O seresteiro indiferente à minha dor,
Solfeja notas de saudades em langor!
A canção me diz de cabelos anelados,
Longos cachos de fios negro – prateados,
A lembrar teu rosto amado, teu corpo esguio...
Versos de queixumes, lamentos entoados,
Que dentro d!alma ressoam em tons magoados,
E então me perco num olhar distante e frio...
As mãos do artista deslizam ágeis, ardentes
E ao som do piano ando em voos transcendentes...
Na febre dos desejos e da insanidade,
Vejo-me longe , fora da realidade...
Onde estás? Que fazes doce criança?
Meu alento! Derradeira esperança!
Ah! Sorte madrasta... Incauta solidão!
Pobre vate: Inunda de dor a face ingrata,
Tal qual a chuva lá fora, caindo em prata,
Inunda de lágrimas a negra imensidão!
Guarapari-ES 01 de 1999.
Nelson De Medeiros
Comentários
Adorei seu poema e todas a nuances que ele nos traz na leitura. Lindos versos.
Parabéns amigo caro Nelson
abraços de Antonio
Por problemas de tempo às vezes perdemos ótimas poesias.
Maravilhosa insṕiração! Eu não tinha lido e aqui faço uma ótima leitura. Parabéns
Pois é menina. Conhece Guarapari?
é linda! Inspira .
Obrigado
1 ab
Uauuuu!!!
Que maravilhoso!
Parabéns, poeta!
Um abraço
Poxa, como é bom tua presença em minha escrivanhia poeta.
Muito obrigado por tanta gentileza.
1 ab