Meu Pai

Meu Pai

Meu Pai nunca morre...
Ele...teimoso...
Nunca abandone seu Pai
Homem rude ou carinhoso
Imprime a digital ou a caneta
Se ausente ou presente
Se longe e viciado
É vítima e justo na dor de Juiz
Se perto e laureado
É vítima e susto na flor de lis
É fruto dos mantras das consequências inconsequentes
Nas sequências manchas das suas carimbadas imponentes

Nunca abandone Seu Pai
Ele se vê no espelho igual a você
Ele quer seu espaço, tempo e reflexo
Se ausente ou presente
Em seu lugar quer seu todo viver e é injusto na cor do seu giz
Se esperto e sucateado ele é íntima e custo no odor do seu nariz
É bruto nas inapetentes demências irreverentes
E leve nas potentes clemências insolentes

FIM
Antonio Domingos
17 de agosto de 2020

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