O vento trazia areia e sal, o sol aquecia e queimava a pele daqueles homens que durante horas combatiam com destreza a pobreza humana.
Esse tempo hostil quasse terminava com os sorrisos, e trazia o silêncio áspero que era como um código de salitre e vento seco.
Esses homens que a cada dia enfrentavam o desamparo diário e ainda assim alimentavam algumas esperanças, eram solidários e distantes ao mesmo tempo.
A mina de sal salvava as famílias, mais condenava esses homens a uma sorte antagônica dessa geografia desolada, dessa vida encerrada num mar branco de solidão.
Dias terríveis de um lugar escondido, infinita e branca transparência de cristal, claridade e sol que destrói os lábios, riqueza de uma pequena elite, desgraça de muitos homens.
Comentários
Magnífico! Parabéns, Diego!
Um abraço
Obrigado
Uma prazerosa poesia linda e bela, rica em palavras belas
Obrigado
Boa noite Diego Tomasco:
Uma verdade que parece esquecida pelos tempos modernos.
Um brilhante e triste texto mostra a rudeza de alguns que tentam, a todo o custo, colaborar com a destruição.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Obrigado pelas palavras querido