Deusas do Olimpo, algumas santas,
outras nem tanto, algumas assim,
outras quase… algumas… por aí.
***
Umas comedidas,
outras benemerentes,
umas extravagantes,
outras salientes,
umas recatadas.
***
Umas baixinhas, outras magrelas,
umas nas feiras livres,
outras nas passarelas.
Umas solteironas,
ditas antes vitalinas,
que ainda se sonham moças,
empoando nariz e rosto
no espelho do caritó.
***
Executivas, modistas, cozinheiras;
aquelas dos papéis, estas da tesoura
as outras do fogão.
***
Freiras, costureiras,
escriturárias, arrumadeiras.
Umas que sonham e esperam,
outras que já esperaram,
umas que já encontraram,
outras que ainda acharão.
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Médicas, psicólogas, escritoras,
arquitetas, pintoras, camareiras.
Umas com todos os requintes,
outras sinceras, verdadeiras,
algumas sem sul e sem norte,
outras sem eiras nem beiras.
***
Maestrinas, babás, motoristas,
artesãs, poetisas, artistas.
Todas elas bebezinhos,
meninas, depois mocinhas,
por fim, senhoras de bem,
mães guerreiras, tias, avós.
***
E geração vai, geração vem,
no embalo de uns braços
que tanta ternura têm;
gente que nasce para a luz do [mundo,
pela única e sagrada fonte,
a fonte de onde brota a vida,
o vaso honorífico,
a sede da sabedoria,
a estrela da manhã,
a causa de nossa alegria,
a mãe… do bom conselho,
a fonte você…
a fonte… mulher.
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Dado Carvalho, 10 de agosto de 2010. 16:45 h.
Congratulações a todas as poetisas da Casa dos Poetas!
Comentários
Que maravilha de poema,, Dado!
Parabéns meu amigo querido.
Belíssimo poema. Felicitações e meu abraço carinhoso
Que lindeza de poesia! Adorei! aplausos mil!