Muro
Hoje está uma noite calma
Dentro de mim onde tudo agita
Este amor que a mim me aflita
não sou eu, mas é a m' alma!
Voa-me á memória do tato
As sensações do pensamento
Fico com sintomas de um miúdo nato
Que cresceu, mas se lembrou de um momento.
A felicidade não é o futuro,
Isso para mim é um adiamento
Eu sou feliz e grato pelo momento
Não há uma barreira mas é um muro.
Que de um lado estou eu sorrindo
E no outro vendo me a sorrir...
Para existir um olhar limpo se abrindo
Tem de existir uma razão dele existir.
Razão essa contam-me estas sensações,
Que ás minhas mãos me vêem parar...
De quentes sem as esfregar
Sentado neste muro relembrando emoções.
Bruno Alves
22/3/2024
Comentários
Vivemos murados e cercados.
Eu, peixe fora do aquário.
Gostei muito da sua poesia.
Olá Margarida, o que quis transmitir com poema é a sensação do valor daquilo que sinto na minha vida e sentir esse poder quando paro para pensar na vida e olho para o tempo. Cercados estamos sempre pelas escolhas que fazemos da vida. Obrigado pelo carinho e preferência
Sim, Bruno. O sentimento de cada um é que vale. Temos que nos sentir libertos de alguma forma. Obrigada pela interação.
Parabéns poeta Bruno! Uma linda poesia!
Muito obrigado Editt, se é poesia assim seja. Tentei.
Olá. Estamos cercados de muros e cercas isso traz essas divergências nas relações sociais. Parabéns pela poesia
Lilian, sim de fato são cercas e muros que nós criamos ou os outros criaram, são limites. Há pessoas e pessoas, há corações e corações. Obrigado pelo teu elogio. Também espero ler de ti a tua poesia. Beijinhos