Naquela casa sem número sem nada

O Bourbon descia ondulante
Pareciam lufadas de um vento
Abrindo uma porta bem diante
De minhas mãos meu isolamento

Ali dentro eu sequer me reconheço
Não há tempo eu e um firmamento
Estrelas pessoas que eu não conheço
Elas sabem quem sou neste momento

Uma casa fora de qualquer coordenada
Umas vezes cheia noutras posso ouvir
Minha respiração vozes algumas risadas
Um mundo que eu não posso reproduzir

Geralmente são eles que vem até mim
Mas algumas sou eu que peço para ir
Dizem uns que são apenas sonhos ruins
Como poderia se não tenho vontade de sair

Perdão se não trouxe uma poesia de amor
Não sou eu que tenho o volante nas mãos
Me sinto bem ali quando vejo meu redator
Morador daquela casa que inspira a redação

Deus abençoe os verdadeiros autores anônimos
Carlos Correa

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