- No princípio tudo era propício,
- Tudo nos era rios de sorrisos
- Em mares azuis, ares e marasmos
- De orgias em múltiplos orgasmos.
- Tudo era fabuloso, muito e mágico.
- Beirava o divino e tocava o fantástico.
- Eram beijos em bocas de borboletas,
- Chuvas torrenciais em fogos de estrelas.
- No início era o verbo e nunca era demais.
- No início éramos os mais felizes dos animais.
- E, provocados, provamos do fruto proibido.
- Sentindo um vazio, fomos expulsos do Paraíso;
- Saímos de mãos dadas para povoar o planeta;
- Aprendemos a lavrar a terra, a prever rotas de cometas;
- Criamos utensílios, aprimoramos nossas ferramentas,
- Derrubamos florestas, nos abrigamos em cavernas, fugimos das tormentas,
- Aprendemos a contar os dias de lua, a adorar o deus-sol,
- A amanhecer juntamente com a aurora, a apreciar o arrebol...
- E, assim, fomos criando os nossos rebentos, nossos filhos
- E, fomos seguindo nosso caminhos, nos guiando pelos trilhos
- Da vida e fomos plantando em cada lugar nossas fortes raízes...
- E, assim, nos tornamos humanos:
- Seres parcialmente... Felizes!
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Comentários
Que lindo, Gilmar!
Adorei.
DESTACADO
Um abraço
Uma narrativa cheia de encantos na caminhada dos seres em pecado pelos recantos do mundo. Saudações poéticas
Belíssima explanação da vida, caro Gilmar.
Falastes tudo em versos que encantam.
Parabéns
Abraços
JC Bridon