Deixaste-me aqui fora
Névoa e frio
Espelho quebrado espírito abandonado
Até mesmo recusado
Por sua própria dor
A amargura infiltrada nas paredes
Tingidas de lágrimas e bolor
Grito em voz trêmula quase não ouço
Por que me deixastes?
Olhe por esta janela
É só o que te peço
Tão solitários estão os sonhos e feitiços
Todos aqueles que tu desertaste
Abra a janela deixe-me entrar
Já não reconheço tua gravura
Ilustração vazia
Tela sem pintura
Houve um tempo me lembro
Que ali vivia a poesia
Abra a janela deixe-me entrar
Noite das bruxas que amam
Magia cinza a vir do bem
Dai-me a sabedoria dos que veem
Corpo mente espírito e emoção
O piano toca a música que a gente ria
Teu olhar rangendo se desvia
As velas se acendem e sorri a lembrança
Lembraste de mim... tua esperança
Nunca te esqueças do poder da canção e da magia
A janela se abre na força do vento
Vem de dentro libera a chama
As cortinas amareladas agora brancas
Flutuam no frio da madrugada
Valsamos alma e fé em rodopio crescente de carícias
O ciclone envolve a floresta
As folhas lágrimas das árvores
Dançam e fecundam
Da ilustração antes vazia
Surge o sonho em vida renascida
Reescreve a magia
E de longe
A coruja sorria...
Comentários
Lindo demais.
Parabéns!
Olá!! Obrigado Marcia, fica com Deus
Olá Angélica..obrigado por seu comentário tão amável. Fica com Deus.
Bom dia!! Obrigado pelas gentis palavras. Fica com Deus.