Nos tempos da Idade Média
Ensaio: Pesquisa Google.
Em busca do tempo perdido...
Tem-se ouvido muita gente dizer que gostaria de ter vivido na época das Monarquias, dos Castelos e suas exuberâncias, com Reis, Rainhas, Princesas, Donzelas, tempo das carruagens luxuosas de matizes barrocas e frequentar os imensos salões ao som dos violinos, dos cavalheiros opulentos, as Valsas Vienenses dançantes da Áustria e sul da Alemanha invadindo como furacões os milhares de salões da Europa, depois com Strauss, Chopin. Serviçais escravos a servir com nobreza alforriada a nobreza encastelada nas mesas da fartura de proteínas.
E quem diria a Valsa por se dançar com os corpos próximos, coladinhos e novidade de dança da época, julgada como ultraje aos bons costumes cristãos, uma dança proibida e imoral, e como boa praga, a valsa venceu o besteirol do imoral. Fincou-se firme como raízes do baobá, esta gente quer ir em busca de um suposto tempo perdido, de se viver melhor e mais feliz, até, imaginem, como o bobo da corte.
O que vemos no “Mundo de Hoje” parece o Armagedom a batalha do bem contra o mal, de Deus contra do mundo iníquo assim está nas traduções bíblicas.
“A compaixão é a água da vida que falta às almas das pessoas”.
Cidades sujas, poluições de toda sorte (do ar, sonora, bactérias a mil por hora, bactérias alienígenas, vírus em metamorfoses Darwinistas), guerras sangrentas em governos ditatoriais, também em governos ditos democráticos em ditaduras econômicas, o crime organizado e a bala perdida que ao coração de um ser humano transeunte achou por acaso, o ocaso fatal, a vida de miseráveis abaixo da linha da pobreza, o racismo em suas vertentes, guerrilhas desumanas por causas históricas sem qualquer justa causa, hiper- população -inflação-consumação, falta de tempo-espaço de locomoção , batalhas religiosas do não sei o quê porquê , mais automóveis que população, dois-tres-quatro-mil celulares por habitante, corrupção endêmica , onde tem um tiquinho queijo um milhão das vorazes ratazanas, tudo em série,
A fuga de Migrantes I , A fuga de Migrantes II, A fuga de Migrantes O Retorno,
Mares de peixes, hoje de Ossadas I, Ossadas II, Ossadas O Retorno, migrantes fugindo da morte indigna para a morte digna, do pelo ao menos tentei, os heróis anônimos, mortandade da história. O caos urbano, o transito estressado, vivendo no caos.
“Estes tempos modernos estão perdidos ?”
“Bem, voltemos naquele sonho de viver na Monarquia, início desta crônica”
Duas cidades queridas na era medieval e pós medieval, Londres e Paris
Londres, século XIV cem mil habitantes, século XIX 2,4 milhões
( saúde, segurança, educação, emprego, moradia, lazer , Paz e Ordem , com todo crescimento populacional)....a mais de gente, como caber tudo, (não deu) , ruas de terra, e na chuva, poças de lama, lamaçais, tempo seco, poeira só, lixo e dejetos humanos jogados no rio Tâmisa, em riachos, em valas ou deixados nos cantos escuros das ruas, que higiene senhor, andar de chapéu a solução de não se surpreender com uma baldada de fezes e urina, esgoto pouco para umas 253,3333 pessoas.
E a higiene, cólera, desinteria, tifo, febre amarela, peste, piolhos, carrapatos, percevejos, insetos, peste negra, O Surto, sec. XIV ,exumou a vida de 20 milhões de pessoas. E aí vê-se Friedrich Engels, 1840, filósofo alemão, ao chegar em visita a Londres de longe, encantou-se com àquela grande metrópole, Chiiii, surpresinhas, muita gente circulando, exíguo espaço, frutas e legumes aleijados e sem gosto nas banca sujas, cheiro insuportável, nauseantes, os vidros quebrados das janelas das casas da vielas e ruelas, detritos esparramados abusam, muros quebrados, que cidadezinha caro Friedrich. Que noite amigo, sair de casa é perigo, indigentes chique, ladrões honestos, vagabundos vorazes, bêbados convictos, prostitutas a dar de pau, tudo escurinho, luz a gás ou a óleo, pilhas fracas, muito escurinhas as ruas/calçadas, pedintes do crime e indecências. Quantos cortiços inabitáveis nos bairros do operariado, com superlotação, presídios de ontem, presentes hoje. Jack, o Estripador, ainda não morreu...Exôdo rural, fome infernal, comida estragada. Trabalho escravo 14 h dia e lambava-se os beiços. Higiene precária, e a Revolução Industrial, uma marca Londrina; e ....
Paris “A cidade luz”
Paris “A cidade luz” , sonho de consumo. Medieval, ruas estreitas, casas baixas, muralhas, cidade de subterrâneos , Paris o "queijo suíço", ruas de ricos buracos, Entrecortada em labirinto de túneis, túneis escavados de séculos. Odores pestilentos, pessoas adoecidas , cemitérios dentro da cidade, mortos seguiam para túneis , as catacumbas de Paris. Tempos da falta do Pão, rara farinha de trigo, pão inflacionado, caro, como comprar, é briga de rua na mão por um pedaço de pão, é fome do alimento básico, abençoado e multiplicado, mas nestes dias o pão não dá as caras. Tempos estranhos, irreconhecíveis, na velha Paris, mendigos abusados, 150.000 vagabundos violentos e rudes violam a lei e ordem. Revolução Francesa, guilhotina, morte a rainha, terror, Paris, terra sem lei. Paris/França tem Émile Zola e Victor Hugo, ainda bem... ,Germinal (1885) e os Miseráveis (1862).Paris é Paris, não é Londres, e Paris tem muitas das mazelas que Londres tinha.
E então, viajar ao passado para viver com felicidade na era Medieval e Pós-Medieval, Nos Castelos, como Rei ou Rainha, nas valsas o Amor Perfeito, deixar de ter os tempos perdidos de hoje e ter os tempos ganhos de ontem.
Parece que as mazelas de ontem são idênticas as de hoje.
Lado a Lado, quem viveu na Belle Époque ou quem vive o mundo contemporâneo, tiveram os seus tempos de vida perdidos. A vida recicla-se em paisagens distintas.
Os sentimentos de hoje são os mesmos de ontem. Raiva, rancor, saudade...
Deve-se não absorver todas as desgraças e fatalidades. Deve-se buscar cada um o seu próprio equilíbrio. Porque não, viver num mundo menor, aquele do nosso lar, dos amigos, da ocupação, do livro da cabeceira, de nossa rua e cidade.
Deseja-se ser melhor como ser humano, basta um pouco de Altruísmo.
Por menor e humilde que a ajuda dada a um semelhante, já a todos basta.
Por que ter lamúrias no hoje. Lamurientos não progridem. Vale a pena buscar as lamúrias, sofrimentos, dores, perdas perdidas nos tempos perdidos. Creio que fundo não queremos achá-los.
Antonio Domingos Ferreira Filho
Ensaio: Pesquisa Google.
Setembro 2015 RJ REV AD Janeiro 2021 Pindamonhangaba.
Comentários
Nossa amigo Antonio, viajei no seu texto, super interessante, creio que, cada tempo tem o seu tempo, valores e desvalores, me recordei do que diz a sagrada escritura...
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
Eclesiastes 1:9,10
Devemos buscar viver o melhor e da melhor maneira, principalmente no ser... disto provém todo retorno e a verdadeira razão e sentido à vida... Meus parabéns pelo seu rico escrito... Paz e luz!
Olá estimada Glaucia.
Gostei de Eclesiastes 1:9,10. Como a Bíblia traz ensinamentos e valores.
Veja que a Valsa era uma dança indecente e proibida.Como havia problemas de saneamento básico na Idade Média. Compor um Ensaio dá muito trabalho mas depois é recompensador.Muita pesquisa e depois compilação. """""O que foi, isso é o que há de ser;""""
Uma honra ter o seu valioso comentário.
Abraços poéticos de Antonio
Belo texto!
Parabéns, Antônio.
Abraço
Obrigado amiga Máricia por ler e comentar.Uma honra
Abraços
Acredito que cada tempo (época) tem lá suas particularidades e peculiaridade segundo os inventos da sociedade que gera o modos de viver.
Aplausos pelo texto!
Perfeitamente amiga Poetisa Edith Lobato. Grato por seu valioso comentário.
Antonio Domingos
Grato pela deferência do destaque. Um Ensaio dá muito trabalho mas vale a pena.
Abraços poéticos de Antonio Domingos