Por Jennifer Melânia
Novas (Saudosistas)
é chuva...iluminando os entretons da vida
minhas vidraças molhadas, as lembranças
lá na infância acercaram-se, vejo as águas abrindo veios na terra
e nos veios a folhinha encharcada e indefesa, indo sem protesto
ladeira abaixo, no volume da enxurrada...
abrindo caminho, no vai e vem das águas.
não há pedras no caminho, não há mãos que a segurem
do gravetinho a folhinha (tudo corre, tudo passa)
meus olhos navegam neste dia, quantas águas se foram
quantas folhinhas passaram, deixando o caminho vazio
lá, onde não sei o nome, as folhinhas se abraçam
preenchendo outros lugares, procurando onde se aninhar
lá, aguardam o sol, um dia quente de aquecer o coração
lá, um dia, a brisa as levará para outras paisagens
se são as mesmas, quem sabe?!
Comentários
Linda inspiração.
Aplausos!
Obrigada, volte mais. Abraços poéticos.
Gratidão, Márcia. Muito bom ter sua apreciação. Bjim