NOVEMBRO
Novembro de mistério, nebuloso e plúmbeo
Tão misterioso e térreo se reveste Novembro...
Atmosfera húmida algodoada de nevoeiros
Os sons nela se dispersam perdidos de rumos
.
Gotículas amontoam-se sábias em tudo
Quanto minúsculo de aconchego se faz.
Novembro de mistérios...
Na terra castanha por vezes gelada com
Seu coração tépido, morno como leite…
.
Nela, sementes lançadas por mãos, patas ou
Explosões invisíveis de mil plantas germinam.
São sentimentos da Alma da Mãe Natura que
Calma e inexoravelmente conscientes, criam raízes,
Cumprindo-se o eterno imutável ciclo Mater Vitae.
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Novembro de recolhimento nestas paragens
Esmorecem as cores e despe a natureza seus mantos
Recolhe o Sol abate a vida exterior aumenta a interior!
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Quisera que os humanos nela vivendo recolhessem
Este sábio germinar de sentires e saberes
Que dominassem em seu peito raivas e rancores
Destruidores sem peias de respeito.
.
Quisera que fossemos plantas
Que reagem à musica e à palavra, ao convívio dos seres.
Então não escreveríamos… mas seríamos tão melhores...
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Novembro … Explode a Vida noutros lugares!
Sabedoria dum planeta estimado.
Chantal Fournet
Portugal
Novembro ou Dezembro 2019 (??)
Comentários
Meu Deus Edith Lobato...!!!!!!! Estou bôba como vocès dizem...... absolutamente de queixo caído de ser merecedora deste destaque e dum poema meu formatado ...
OBRIGADA!! É cheia de respeito que te agradeço! e um poema que estava esquecido na "gaveta" do computador!