Noz moscada
Em meu manjar de pão
Em meu andar de coração
Em meu molho branco
Quanto tranco o pranto
Em meu vinho
Sabor de adivinho
Sem aridez
Toda a lucidez
Odor da canela
-meio amarela
-na tinta do tinteiro
-canela de roceiro
-canela na panela
-canela de meias
-teias na panela
-veias nas meias
Cravo escurinho, inteirinho
Cravos de chumbo metálico parecem
Tira-me o cravo deitado na folhagem do chão
Leva à panela
Deixa-me cortejá-la à mão
Com água benta de próprio cravo
Sem tramela
Quantos sabores
Sem perfumes de flores
Sem o perfume de Rosa
Rosa Maria companheira
Na beirada do fogão inteira.
Maria Rosa minha flor.
Nossa receita
Meu Amor
FIM
Antonio Domingos
03\03\2019
https://youtu.be/v530RNHg3Zo?feature=shared
Comentários
Instigante poema, caro Antonio Domingos.
Sua delicadeza no versar, com especiarias mágicas e a magia do Amor, fez-me recordar de minha conterrânea, aquela Aninha Bretas, que atendia — no papel impresso — pelo delicado chamamento de Cora Coralina.
Abraço; j. a.
Agradeço seu valioso comentário.
Um incentivo para mim
Uma honra para mim ainda ter o nome de Cora Coralina ( Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas). citada em sua apreciação.
Abraços fraternos prezado Poeta J A Medeiro da Luz
Esteja bem sempre
Maravulhoso Antonio
Aplaudo de pé
Abraço
Agradeço de coração seu valioso comentário.
Uma honra ter sua apreciação.
Abraços
Antonio
esta receita é mista
e bem variada
fala da receita prometida e de um amor receitado pelo coração
um abraço
Muito obrigado prezado Poeta Davi.
Uma honra ter o seu sempre valioso comentário.
Linda apreciação.
Abraços fraternos