O mundo de Robert

 O mundo de Robert era muito estranho,o tempo e uma tragédia e te devora pensava ele enquanto inspirava o ar e depois o soltava, se sentia como no meio de uma floresta dentro de um palácio, sozinho.

As vezes resulta insuportável a madrugada e quando se olha no espelho se converte em outra coisa, algo que o incomoda e que adquire consciência própria, então sua cara no espelho sonrrie e responde movendo suavemente os ombros.

Essa assimetria falsa contrasta com uma maldade quasse familiar, não á respostas nem perguntas para essa cômica sobrevivência e Robert sabe bem disso.

Claro que e uma máscara de alienação, sem possibilidade de mudancas ou transformação moral, o equilíbrio entre a sanidade e a loucura pode ser um fio muito tênue e as convicções vão se auto destruindo.

Desde quando essa timidez??

Evidentemente há algo que o aterroriza, como uma personagem que não existe fazendo coisas que são tão reais, como matar baratas no balcão, como fazer o supremo esforço de sonhar.

As regras mataram os instantes e a aceitação matou a interrogação, esperar respostas é como absorver a dor , Robert e cúmplice e testemunha desses pormenores que insistem em voltar.

O mérito e a culpa mantém uma curta distância, o inconveniente é que ninguém sabe do sopro e do cansaço, do monólogo e do espanto, o mundo de Robert produz pánicos, mais o bizarro e constrangedor e que sua consciência visceral o faz mergulhar em suas próprias convicções.

 

 

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Diego Tomasco

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Comentários

  • Gestores

    ROBERT é um personagem como tantos.

    Aliás, se hoje não vivermos um mundo próprio e isolado, vamos viver o que?

  • Bom dia poeta Tomasco: —

    Um belo texto retratando o mundo do senhor Robert.

    Parabéns.

    Um forte abraço.

    #JoãoCarreiraPoeta.

    • Abraço João 

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