Por tantas vezes estive aqui
Nesta mesma posição
Taça suada
Lágrimas do vinho
Por tantas noites pousaste no peito
Por tantas madrugadas
Levaste promessas de vida em
Asas cansadas
O vinho já não é tão doce
Risca a boca
Já não sei se pousará de novo
Campos tórridos, terra infértil
De certo existam outros
Você merece voar
De encontro aos sonhos
Aqueles que a vida ainda não sublimou
Enquanto estiver voando
Por tantas vezes estarei aqui
Nesta mesma posição
Terra ressecada .marcada
Pelo batom de seus lábios
Mas se o vento aqui soprar
Trazendo meu nome em seu chorar
Não haverá nada nesse mundo
Que me impeça de te achar
Porque assim é a música que sei cantar
Sim! Eu ainda saberei voar
Não há rio que atravesse
Não há montanha que caminhe
Não há palavra que não se cale
Não há espírito que não se curve
Enquanto não chega o vento
Estarei aqui
Na mesma posição
Peito aberto esperando que pouse
Terra molhada, campos verdes
Rolha seca sobre a mesa
Sopra o vento em algum lugar.
Deus nos abençoe
Carlos Correa
Comentários
Te agradeço Edth, de coração, pela atenção que aqui dedica. Fica com Deus. Obrigado!
Obrigado pelas atenciosas palavras e pelo cuidadoso cartão, fica com Deus.
Estupenda Poesia de Excelência e a medida que seguimos na leitura , só belas surpresas nas belas metáforas.
""Não há rio que atravesse
Não há montanha que caminhe
Não há palavra que não se cale
Não há espírito que não se curve"""
Estrófe cheias de esperanças
parabéns Poeta pela obra
antonio
Olá Antonio...te agradeço de coração pelas palavras. Fica com Deus