O TEMPO E O COPO

Há momento de rudez assim emborcado

Um copo liquidado sobre o mármore frio

Liso corpo transparente e sem vértice e cabo

Que nós mesmos o deixamos quieto e vazio

 

Nem jarro nem taça nem cálice ou xícara

Apenas comum instrumento sem alça

Que as mãos o levam raso ou cheio à cara

E mata a intensa sede da língua e da boca

 

Depois do bebido e não mais necessário

Aguardará pela própria água ser limpo lavado

Enxuto para outra vez pelos lábios ser usado  

 

Se descuidado cai e parte-se em pedaços

Feito o tempo sem proveito desperdiçado

E jamais alguém poderá unir-lhe os cacos

 

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Paulo Sérgio Rosseto

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