Há momento de rudez assim emborcado
Um copo liquidado sobre o mármore frio
Liso corpo transparente e sem vértice e cabo
Que nós mesmos o deixamos quieto e vazio
Nem jarro nem taça nem cálice ou xícara
Apenas comum instrumento sem alça
Que as mãos o levam raso ou cheio à cara
E mata a intensa sede da língua e da boca
Depois do bebido e não mais necessário
Aguardará pela própria água ser limpo lavado
Enxuto para outra vez pelos lábios ser usado
Se descuidado cai e parte-se em pedaços
Feito o tempo sem proveito desperdiçado
E jamais alguém poderá unir-lhe os cacos
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Comentários
Texto muito interessante!!! Parabéns Paulo!!!
Belo texto.
Aplausos!