“O VÔO DA BORBOLETA”
Olho para o quadro à minha frente e, sorrio.
Parece que Ele, Jesus Cristo, me confirma a chegada de nossa querida mãezinha junto à Ele, lá nos céus.
Momento de alegria e felicidade.
Finalmente ela chegou e, com ela, a nossa esperança de que realmente a vida eterna existe.
Tivemos a felicidade de tê-la, nos seus últimos dias terrenos, junto a nós,em nossa casa.
Morou quase uma vida inteira, mais de 40 anos, sempre junto a seu outro filho, esposa e netos e lá, foi muito feliz.
Eles, no andar superior e ela, no térreo.
Bem, achamos que ela também desejava, nos últimos dias, momentos, segundos de vida, estar também junto à seu filho mais velho dos homens, e para cá veio, trazida é claro, pois não mais andava mas, não importa da forma que chegou e como chegou, o importante é que, estava aqui junto a nós.
Esse filho, que era eu, sempre reclamava: a mãe não fica lá em casa, a mãe não almoça conosco, tipos coisa de “bebê chorão”.
Bem, quando chegou “seu precioso momento”, aquele da preparação para a sua ida para o infinito dos céus, deve, com toda certeza, ter pedido ao esposo Tuti para ele dar uma “mãozinha”, já que ele estava lá e é claro, para Jesus Cristo, seu fiel amigo desde que ingressou na vida católica, o que sempre desejou e era o seu sonho, quando veio para Gaspar, em 1937, e como não conseguia mais manifestar-se, através de palavras, para que a colocasse onde seu filho desejava.
E daí, até sua vinda para nossa casa, foi como um relâmpago.
Quando demos pela coisa toda, nossa mãe já estava aqui, esperando a sua vez de partir.
Com sua vinda para cá, nosso querido irmão e cunhada puderam também descansar um pouco e, consequentemente, voltar-se ainda mais para outra vovozinha, D. Lina, que está precisando muito de ajuda.
A vida é um segredo, tanto aqui nessa terra, como na outra, por isso, todo o cuidado com nossos entes queridos parece ser pouco, mas o fazemos com muito amor e carinho.
Nossa querida mãe, na sua partida, nada sofreu, foi, pouco a pouco, em minutos deixando essa vida, seu corpo, como uma borboleta alada, saindo do casulo e dava para perceber o momento quando isso ocorria.
Nunca fui um descrente, mas, existem momentos em nossas vidas, como ser humano, que duvidamos e isso não tem nada de estranho e anormal.
“Quem nunca duvidou, não sabe realmente o que é sentir a verdade, dentro de si.”
Jamais vou lamentar esses momentos em que a dúvida pairou dentro de mim, porque foi, através dela, que vimos eu e a Arlete o momento exato do desligamento de um corpo do outro.
Explicar, não saberia mesmo.
Somente quanto se sente o que está se passando e visualizando esse desdobramento, é que temos diante de nossos olhos, a bela realidade da vida eterna.
Por isso, mamãezinha Cora, não estamos entristecidos, estamos agradecidos pelos anos que passamos juntos, nos momentos alegres, momentos tristes, momentos de desânimos, enfim, por todos os momentos que fizeram da senhora D. Cora a mais bela mãe do mundo.
Sabemos que estás lá, junto com nosso querido Pai Tuti e seus familiares, esperando-nos, porque a realidade da morte terrena é a mais certa que temos nessa vida aqui.
Te elevaste como uma borboleta alada, com todas as cores do infinito e com a eternidade dentro desse seu novo corpo.
Serás um guia para todos nós.
Serás uma estrela a brilhar nos céus eternos dos nossos pensamentos.
Serás a vida após vida para todo o sempre.
Te amamos muito e, é claro, sentiremos saudades, porque o amor, minha mãe, é ETERNO também.
Homenagem à nossa mãe CORA BRIDON DOS SANTOS , de seus filhos, noras, genros, netos e bisnetos.
Fique com o Criador para todo o sempre e também é o nosso sincero desejo ao nosso pai Edmundo (Tuti)
AMAMOS À VOCÊS DOIS!
JC BRIDON
Comentários
Bom dia caríssimo amigo Bridon.
Que texto belíssimo, claro, muito triste,
entretanto, uma linda homenagem.
Meus sentimentos a todos.
Creia!
É nesse momento que o Espirito Santo entra em ação,
confortando nossos corações!
Um forte e carinhoso abraço.
#JoaoCarreiraPoeta.