Os nossos olhares

Os nossos olhares

O que os meus olhos vêem
nas cores dos teus?
são sabores!
E nos meus olhos sou eu
São da cor daquilo que eu vejo,
São feitos de quem eu sou
O que dou e onde andei
E o que vejo se beijo
Beijo com os meus olhos primeiro...

Se os meus olhos fossem de vidro nem choravam
Nem te tocavam
Nem te falavam
Eram um vidro apenas
Dois cacos frios dispersos e um grande vazio
Sem profundidade
Sem emoção e brilho
nada naturais
Nada diziam, adoravam ver ou te falavam
eu tenho um
olhar
E tu tens o teu
Puro e belo
Ambos impossíveis de esconder

Quando os meus e os teus
Se olham
Se juntam
Sorriem
Tocam-se
Beijam-se
Porque se olham
Se vêm um no lugar do outro
E vibram nas mesmas palavras, sobre a mesma cor
Na mesma tarde
Livres e atentos
Um ao outro
No mesmo lugar
Na mesma alegria por estar ali

Onde ambos existimos em razão
E nesse amor
No sabor dessa nossa magia
Curas-me a dor
Se me tocas nessa ferida
Onde te queres perder
Podes te apaixonar, encontrar o amor
Que o vês nos meus olhos
E podes me amar
Em silêncio e no olhar
A cor, a luz e as palavras são a chave
Para o meu coração

Este momento
Com o nosso gesto
Com a tua atitude
Na tua presença e da minha
Juntos
Onde perdemo-nos
Onde tu estás lá
E queres estar
preferes estar
Onde me beijas com o teu olhar
Lindo
Esse lugar onde me chego a ti
Onde te beijo
Onde te quero beijar
Onde me amo e te quero amar.

Bruno Alves

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Bruno Alves

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Comentários

  • Quanta lindeza e beleza! Quanta inspiração! Estou encantada!

     Parabéns peta Bruno Alves!

    • Ainda bem! Pois é sinal que gostou. Muito obrigada poeta Editt

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CPP