Outono molhado

Outono molhado

 

As folhas forraram o chão

E, à chegada do outono

A chuva caiu refrescante

Soterrando medos e temores

Impressos nas folhas sem vida.

 

Tantos outonos de outrora

Passados despercebidos no vigor

Da infância que só via o verde

Sem entender o ciclo da vida

Que murchava em cada outono.

 

Simultaneamente à queda das folhas

Que cobriam a terra antes seca

As gotas de água desciam do céu

Fazendo brotar vida em cada canto

Ao tempo em que a juventude esvai.

 

E o outono trouxe a chuva necessária

Que levou as folhas mortas, já secas

Na incansável labuta da natureza

É a vida se renovando em cada estação

É a morte a caminho do renascimento.

 

Mena Azevedo

 

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Mena Azevedo

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