Mais uma vez cai esta chuva teimosa,
Lágrimas do céu que, em magoado pranto,
Derrama seu ebâneo e grandioso manto
Cobrindo o mundo com a queixa copiosa.
Tal sinos soando na noite chuvosa,
Pingos ritmados num doce acalanto,
São notas de melancólico encanto,
São vozes em sintonia melodiosa.
E da espessa, opaca e branca cortina,
Minh'alma vagueia na imensa neblina
De orvalho, gotas, correnteza e escumas.
Como a água levada pela corrente
A alma chora e procura, inutilmente,
Os sonhos idos da vida nas brumas.
Comentários
Lindos versos. Eu amo chuva.
Lindíssimo seu poema!
Meus aplausos.
Obs. Por favor, coloque sua autoria (nome) ao fim do poema em cada postagem sua.
Obrigado, Edith.
A edição ficou muito bonita!