Fico imaginando o sentido de uma página em branco
As palavras não querem sair talvez o inverno da inspiração
Versos encolhidos aconchegados acontece de vez em quando
E você pensa tudo bem vamos apenas ficar aqui na escuridão
Trago um vinho ou quem sabe algo mais forte e ficamos ali
Relembrando risadas girando a garrafa num jogo da verdade
Vejo rubores faces envergonhadas palavras acanhadas que vivi
De repente já não está tão frio e um verso fala com propriedade
Eu sei o que você está fazendo agora conheço suas artimanhas
Mas a poesia no todo embriagada já nem percebe que está sorrindo
Olho de fora um cisco nos olhos o suficiente para umedecer a fronha
São como crianças crescidas brincando até que estejam dormindo
E acolho cada uma delas na madrugada levando-as ao berço
Finjo que são minhas mas sei então que preciso deixá-las ir
Envolvo cada uma delas leio com zelo como se rezasse um terço
E ao som de uma melodia são levadas ao mundo agora posso dormir
...e a folha não está mais branco...
Deus abençoe os desatinos
Carlos Correa
Comentários
Todos os versos são escritos com precisão e propriedade. DESTACADO.
Margarida minha querida amiga...obrigado de coração. Breve estarei aqui, fica com Deus
Versos tão sensiveis e que tocam a alma, trazendo a inspiração fecunda desse coração poético. Parabens
Obrigado minha amiga..bj grande, fica com Deus. logo volto
Olá Carlos Manuel:
Expressivo poema.
O poeta tem dentro de si uma qualidade tamanha de poetar que, dificilmente, deixará uma folha em branco.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Que isso meu amigo...o que tenho dentro de mim é apenas a vontade de ouvir as estrelas...Deus o abençoe. Obrigado
Que belíssimo texto, meu caro Carlos Manuel. Pensamentos, mensagem e comparações muito pertinentes. Creio mesmo que
o poeta nunca tem diante de si uma Folha em Branco, ainda que outrem não veja escrito algum. Nessa folha hão de se gravar
os sentimentos do poeta. Parabéns.
Olá!! Obrigado meu amigo por suas palavras, obrigado mesmo. Deus o abençoe