Dedicatória: em homenagem a quem partiu… e a todos que amaram tanto, que a ausência virou saudade eterna.
A xícara ainda está no lugar de sempre,
Mas o café já não aquece como antes…
Há um silêncio sentado à mesa,
E ninguém ousa pedir que ele se levante.
No escuro, eu converso contigo,
Mesmo sabendo que o silêncio responde.
Pois tu também mora em meu íntimo,
E tua ausência riscou o meu semblante.
A vida nos leva sem pedir licença,
Só leva, e nos deixa com metade.
Agora o tempo também nos ensina
A amar — mesmo na saudade.
Ainda ouço teus passos na memória,
E reacende o tempo de outrora.
A porta que se abria pra tua chegada,
Agora range… como quem chora.
Às vezes, eu ainda me pego
Colocando dois pratos na mesa.
E penso comigo, em silêncio:
“Tu merecidas cada gesto de delicadeza”.
As lágrimas que hoje caem são semente
De tudo que em ti foi amor de verdade.
E quem é amado, mesmo ausente,
Nunca se perde… só vira eternidade.
Comentários
Aplausos Poeta!!
Admirável caro poeta. Aplausos a tua lira de desalento e resignação.
Não tem como não se emocionar. A saudade dói e também conforta pelo amor recebido.
Ave, poeta WSR! Triste mas irressistível o teu poema de saudade eterna. 1 ab