Os nossos olhares profundos
De nós oriundos...
As lágrimas incontidas
Estações das despedidas...
A distância arredia
Que deixa em migalhas os nossos passos...
Daquele mirante solitário
De um sol em nós poente...
Das noites estreladas
De uma primavera embriagadora...
Do furtar do cair das folhas
Num outono silencioso...
Dos beijos ardentes
Batizados pelas salivas...
Do acordar com o teu sorriso
Furtando a minha alma...
Das marcas no lençol
Atrevidos e inocentes na arte de amar...
Será que é saudade?
Perdoa-me se sinto saudades de ti!
Comentários
Maravilhosa poesia. Concordo com o destaque.
O sentimento quando intenso deixa marcas fortes e causa impressão que o poeta, tão sensível capta no olhar. Felicitações pela grande sensibilidade.