Poema Acústico  (Prosa)

 

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Poema Acústico

 

Anda a paisagem de grama sintética e flores de plásticos, frágil linha esticada, equilibra-se entre os carros e a multidão.

Nas batidas de gente, multidão sofrem nos braços, cadencia curta, brevilíneos , RPG por favor, esqueletos disformes, esfriam as mãos, umidade relativa do ar menos 30,

sutura a fatura de anfetaminas, que labirinte nos labirintos da calçada,

 os homens a querer uma mina, as mulheres um homem, desproporção debocha, 100 mulheres e 30 homens, a canção caçoa ,o funk quem puder.

A velha atropela-se nos buracos

As batidas cardíacas espancam o coração, sem compaixão, meu Zeus....Vem....

Roupa surrada, suada, quentes de brim, calor a vapor, mudança climática emprega uma legião de curiosos bobos da corte. Foi ele quem viu, não foi o outro, não foi aquele lá,

Oh! Quem descobriu os anéis de Saturno, foi o mendigo oficial da esquina da rua Sócrates s/n com a Avenida Galileu Galilei 1564-1642

A velha estatelada   babada no chão, carteira numerada do SUS grampeada na mão, é um chip, horror, falha nossa, quem pagou plantão, burro, o reserva do reserva pagou para outro;

Não é matemático, paga mais da metade que ganha de plantões;

Tem mágico estelionatário esperto, paga plantão de 1 real e no outro lado da rua cobra 5,00 um inspirador nato às falcatruas, que carrapato nojento...

Porcalhão de cidadão

Os prédios fora do padrão da prefeitura, não adianta multar, o perdão virá,

no chapeuzinho de mendigo cheio de moedas de USD 1,00 cent.

Mendigo da esquina rico, quer apostar. Labuta em local nobre, ao lado a Igreja, dá um tremendo samba-canção.

O prédio de moradia, estão nas nuvens, indivíduos mais perto dos céus de relâmpagos e trovões, reza e dorme aí morador, que não falte a luz da vela, amanhã tem caminhão pipa ,  mosquito que pica, uma zica.

Morram, não, corram, a falange de pneus aguados da chuva, o fantasma não é camarada.

A notícia diz: Tem que fiscalizar, tem de fiscalizar, virou bordão

Fiscalizar o mundo, sonhar pesadelos, e morrer de bronquite asmática.

Se metade do mundo, uma maçã madura amarela, fiscalizasse a outra metade do mundo, maçã ácida verde, a amarela   apodreceria a verde. Duas maçãs bichadas inteiras no lixo, o desperdício de alimentos, dá fome. O Mundo se presta a nada.

Duas pessoas é multidão, uma pessoa é mundo. Solidão dá as caras e brinca de copas fora.

Olha lá amigo entrando no carro, persegue ele SMS, virtual está nas câmeras que legal, que perfil, fala muitos idiomas, o Analfabeto e o Funcional, ora fala Ingrês ; Bife: ora Flancês; Cabaré:  ora alemão; Chope: ora italiano; Baderna: ora espanhol, Chicote: Ora fala português; Oi .

Atravessa a rua com semáforo aberto, pula sapo, mundo infernal, todos são fashionnetes, avançam o sinal. Saia muleta careta, não é treze sexta-feira.

Pega Ladrão, meio dia, meio expediente, sol a pino, tem medo de escuro, na joalheria mirou, revolver calibre 45 de plástico faiou, meliante pobre sem grana para um 38,  para que polícia, já foi espancado por aquela multidão, chama o rabecão.

O toque soou, celular obriga, cola no pescoço, presidente das mãos, enrolaram na fieira, como o pião alegria da criançada, tacaram no chão, rodopiou e como bumerangue de volta ao lar, colou no pescoço, vai enforcar, vai as mãos, os dedos tremulam vicio, teclar som dissonante, aquarela do Brasil, do Barroso, bom desgosto.

Vamos falar ao vivo com a nossa repórter Adriana Apressadinha. Correspondente na Ásia para assuntos de guerra, genocídio, termo novo, feminicídio, velha prática humana.

Espera aí, Adriana hospitalizada, depressão e esquizofrenia. Não sabia que acontecia com gente profissional adulta e madura, ainda que maduro cai do pé, de pé.

Escrevo com credibilidade, mas estou um mesquinho sovina, antecipado perdão.

A Vilma dos Flintstones me convidou para viajar no tempo à idade das pedras. Aceitei, mas Fred mostrou ciúme, chato este cara. Não tem volta, cruz credo.

Anda a paisagem nas imagens do barco a naufragar, nas ondas do mar azul, aberto a discutir a relação, corpos afundam e logo boiam, fatalidade não aprova, são almas que respiraram esperanças , nas terras das guerras “ Duas pessoas é multidão, uma pessoa é mundo” , com quantos mundos se faz a Paz. Não sei...

Pés no puff ,  jornal nas mãos, janela aberta, o suco já vem, sinfonia no. 9 de Beethoven, pensamentos a divagar no vazio da existência.

 

FIM

Antonio Domingos Ferreira Filha

21 de fevereiro de 2019

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Comentários

  • 133772237?profile=RESIZE_710x

  • Boa noite Antonio.

    Sobre a imagem, na barra de ferramentas do editor, o sgundo ícone é o que insere imagens ilustrativas para o texto, a opção onde tu inseriste a imagem faz com que esta se expanda e aumente o tamanho, por isto pedimos que não use esta opção que, ora usaste.

    Aplausos pela obra compartilhada aqui.

    Bela e boa noite.

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