Poema molhado

Há uma linha que divide meu corpo
Aquela que vive na superfície do mar
Lógica irônica não vai longe do porto
Precisa de oxigênio e poderá respirar

Uma parte que luta que tenta a cada
Dia ser um pouco melhor se redimir
Dores que infringiu no fio da espada
Que sabe que não há para onde fugir

Uma parte que não é só minha...

Mas quando chega a noite mergulho
E quando vejo que as luzes se foram
Fecho meus olhos e o único barulho
Não será dos medos que me apavoram

Ficam as canções e os versos molhados
Que escrevo faço deles a parte de mim
Que vive submersa o texto apaixonado
Que não aprendi a escrever deste lado

Uma parte que é só minha....

Deus abençoe esta noite o resto está na canção
Carlos Correa

 

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Comentários

  • Gestores

    Sensacional. O vídeo também. DESTACADO!

  • Sublime poetar. Parabens, poeta.

  • Bom dia Carlos Manuel

    Somos o que somos, por isso,versos encantados como os seus, nos enchem de luz e calor.

    Parabéns,amigo

    Abraços

    JC Bridon

  • Bom dia,

    meu multifacetado poeta,

    homem diletante do mar assim,

    como a chuva molha a terra evaporando aquele cheirinho de umidade,

    teu belo poema é molhado pelas águas azuis,

    esverdeadas do inamovivel mar que se encontra com o céu,

    formando um horizonte quase que infinito.

    Parabéns.

    Um forte abraço.

    #JoãoCarreiraPoeta.

    • Tuas palavras sempre me trazem um sorriso pela manhã. Obrigado!! Deus o abençoe

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