E eu fico olhando na verdade tentando entender
O que essa folha em branco deseja que eu faça
Deslizo meus dedos suave na esperança dela me dizer
E lentamente ela se desfaz transparente como fantasma
Refaz-se à minha frente em suas dobras nasce uma gaivota
E voa sobre as ondas de meus pensamentos buscando fantasias
Atravessa as tormentas se fortalece chegam mais e viram uma frota
Precisam do vento guiando seus passos e versos longe da calmaria
E do mormaço vem o calor que aquece a gaivota que voava pelo céu
Agora transformada em pingos de chuva gotas coloridas desenhadas no papel
Aos poucos os pingos de arco-íris transformam-se em palavras que se beijam
Nada mais do que rimas que ao encontrar seus pares criam castelos e choram
E eu fico olhando na verdade tentando diariamente entender
Porque a folha em branco insiste em escrever mudar de forma e de cor
Talvez ela seja apenas como eu e ainda acredite queira através da poesia dizer
Que os sonhos voam como gaivotas e pousam cada vez que encontram o amor
Que Deus abençoe as gaivotas que voam como sonhos a procura de um cais
Carlos Correa
Comentários
Carlos, eu tenho um arte de um poema teu para arrumar, logo farei isso.
Belíssimo! Encantada com tamanha inspiração.
Parabéns.
Um abraço
Obrigado Marcia, te agradeço tanto...fica com Deus.