Por entre sonhos e gaivotas

E eu fico olhando na verdade tentando entender
O que essa folha em branco deseja que eu faça
Deslizo meus dedos suave na esperança dela me dizer
E lentamente ela se desfaz transparente como fantasma

Refaz-se à minha frente em suas dobras nasce uma gaivota
E voa sobre as ondas de meus pensamentos buscando fantasias
Atravessa as tormentas se fortalece chegam mais e viram uma frota
Precisam do vento guiando seus passos e versos longe da calmaria

E do mormaço vem o calor que aquece a gaivota que voava pelo céu
Agora transformada em pingos de chuva gotas coloridas desenhadas no papel
Aos poucos os pingos de arco-íris transformam-se em palavras que se beijam
Nada mais do que rimas que ao encontrar seus pares criam castelos e choram

E eu fico olhando na verdade tentando diariamente entender
Porque a folha em branco insiste em escrever mudar de forma e de cor
Talvez ela seja apenas como eu e ainda acredite queira através da poesia dizer
Que os sonhos voam como gaivotas e pousam cada vez que encontram o amor

Que Deus abençoe as gaivotas que voam como sonhos a procura de um cais

Carlos Correa

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