Prelúdio

 

A chuva é bem-vinda,
pois há tanto não a tinha tão próxima!
Chegou cadenciada e trouxe cheiro de chão molhado
e viço de planta airosa.
Com ela, fragores de uma noite incipiente
resoluta em roubar-me o sono.
Entrego-me, porém.
Divago entre respingos e murmúrios diversos.
O céu é uma abóbada luzidia,
uma arena onde meus sonhos pululam
e minhas reminiscências despem-se de vestes rotas
e cheias de pó.
Uma música indefinida entrecorta mas, assim,
serve-me de prelúdio.

Rui Paiva

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