A folha balouça nos galhos
Ao ouvir o gemido da cotovia
A primavera principia
Quando o vento leve e falho
Assusta-se com a chuva que caia
Nisto o vento então se cala
E também a cotovia
Era o inicio de um novo dia
E a cada gota que caia
Era a terra agora que gemia
A endurecida terra se amolece
Ao sentir sua entranha invadida
A água lhe perfura como um falo
Na copula ela se abre e engravida
Este encontro antigo e necessário
Faz da terra a mãe mais querida
E o maior e mais lindo berçário
Que sustenta e procria toda a vida
Alexandre Montalvan
Comentários
Que linda poesia! Merecido destaque.
Um poema maravilhoso, Alexandre. Parabéns!
DESTACADO
Abraços
Alexandre:
Um grande e belo poema.
Parabéns
Abraços
JC Bridon