Reflexos
Medo de perder o amor solar, o amor lunar, o rufar do mar, a água do cântaro, o humor que presenteio. De me assustar com alarido de gritos, com a sua ida a Igreja. De seus cabelos cortados curtos.
Os móveis coloniais de Brasil, pátria amada ou chippendale do Reino Unido não roubam os estilos e entalhes rústicos na madeira de cedro.
Que fique a segunda cadeira à mesa, dois pratos uma medida.
Caneta tinteiro e folhas de papel deixem na escrivaninha.
Meu cão de guarda que se guarde na poltrona da sala.
Janelas fechadas sem permissão da brisa que resfria e acalanta.
Roupas estravagantes voltem aos armários
Que o coração sofra infartes
A alma sofra desmantelamentos
Apego ou ciúme
Antonio Domingos
Agosto de 2020
Comentários
Muito me encanta teus versos! Parabéns Antônio!
Obrigado amiga Angélica pela deferência
O poeta tem de treinar muito apesar do dom que tem. E treinar é escrever muito, até lista de compras e planilha de despesas mensais, daí pode sair uma inspiração (E) ler o máximo sobre, qualquer assunto.