Resta - me
A vidraça embaçada pelo sereno,
A rua deserta sem nenhum ruído
Nessa noite escura sem um vento ameno
dá para notar todo o ar poluído
sufocando - me num espaço pequeno.
e esconde do meu olhar o mundo colorido
Esta noite quero rever meu passado
E encontrar aquela pequena estrelinha
Que iluminou todo o caminho trilhado
todas às vezes que estava sozinha
sentindo - me um alpendre velho, quebrado.
Está difícil encontrá - la na noite
A escuridão esconde todo o brilhar
Em meu ser a tristeza é um açoite
Ah! Estrelinha para te admirar
não dormiria e faria pernoite
para no seu brilho poder me banhar.
Resta - me entreter com coisas tolas… vãs
Até que eu adormeça de cansaço
aqui sentada, esperando que amanhã
a noite venha com estrelas no espaço
para iluminar minha lida, meu afã
e dirigir o rumo dos meus passos!
Márcia Aparecida Mancebo
Comentários
Oi Márcia
Os teus belos versos, daqui e dacolá, mostram que durante a caminhada na vida muita coisa terás que passar.
Quando sentimos que outros também dificuldades passaram nesta caminhada que chamamos vida.
Os semelhantes se atraem, diz o escritor.
LIndo e promitente vencedor, de luzes, de tristezas e de dor, que nos mostraram que é possível sim dar um basta em tudo,
apesar dos caminhos pedregosos por que passamos.
Que sirva de lição para que todos, sem excessão, possam voltar e retormar o caminho certo.
Com Deus tudo é possível, sem Ele somos jogados de um lado sombrio que embrutece nossas vidas.
Lindo demais, amiga
Parabéns
Abraços
Bridon
Obrigada, Bridon!
Um abraço
O que dizer de sua inspiração? Magistral como sempre. Como bem disse o poeta Davi, teu versar é lindo. Bjs
Obrigada amiga querida 😘
Márcia
resta-me dizer
teu versar é lindo demais
um abraço
Obrigada,Davi.
Um abraço
Parabéns por poesia tão linda, Márcia.
Obrigada amiga 😘
Resta-me a ausência de tudo o que eu tinha e a presença do quase nada que ficou.
A vidraça embaçada, a rua deserta, a noite escura, o ar poluído, um espaço pequeno. Simboliza o saldo.
Revejo todo o meu passado
e busco a estrelinha que deu luz a um caminho trilhado.
Hoje me sinto um alpendre velho e quebrado.
Esta estrelinha se perde na escuridão.
Eu daria tudo pra me banhar no brilho desta luz.
O que ficou são coisas tolas, vãs.
O cansaço vai me por sentada,
quem sabe amanhã o espaço venha com novas estrelas iluminando minha lida, minha faina e o rumo a seguir.
Sensacional! Muito bonito poetisa.
Um carinhoso abraço.
#JoaoCarreiraPoeta.
Obrigada, João!
Um abraço