Rio da alma

Rio da alma

Dos olhos uma lágrima desce salgada
Chega a boca sinto o seu sabor…
É a mesma lágrima da madrugada
Do rio da alma sem mais esplendor.

Era airosa essa lágrima cristalina
Não descia frequente qual o pranto.
Não sei se porque eu era menina
E não chorava por nenhum desencanto.

Não havia motivo para chorar
A vida era florida cheia de amor
O amor regia os dias com o amar
Eu acreditava não existir a dor.

Mas o tempo incumbiu de ensinar
Que o rio da alma quando há enchente
E quando a alma não aguenta suportar
O rio deságua dos olhos da gente!

Márcia Aparecida Mancebo

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Comentários

  • Gestores

    Linda poesia. Muita sensibilidade aflorada.

     

  • Belíssimo poema, cara amiga.

    Versos que a cada palavra nos incentiva a seguir e caminhar em direção ao querer e desejar.

    Parabéns

    Abraços

    Bridon

  • Muito lindo de Excelência.

    Muito sensível o poema

    Parabéns amiga Márcia

    Abraços fraternos 

  • Sábio, sensível, entra na gente...Deus a abençoe

  • Olá, cara Márcia.

    Bela reflexão sobre os ensinamentos dessa lesma invisível — e incansável — cognominada tempo; ele, com efeito, é nosso melhor mestre, mesmo que suas lições por vezes suscitem o extravasamento do 'rio da alma'. 

    Meu sumiço em nosso cantinho literário é parcialmente causado por aumento de pendências no trabalho, sem o correspondente aumento de produtividade... E, no momento, estou em Brasília, após semana exaustiva, voltando amanhã para Villa Rica... Abraço do j. a.

     

    • Obrigada J. A.

      Os afazeres requerem correria.

      Esperamos sua presença com publicações na casa. 

      Feliz semana!

      Um abraço 

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