Sal de minha terra

Às vezes a gente espera um sorriso
E ele não vem...
Às vezes penso é só o que preciso
Mas ele não vem...

Vez ou outra a gente espera um carinho
Quem sabe um outro dia...
Vez ou outra penso não queria ficar sozinho
Mas espero por outro dia...

Um fone e uma canção forte deveriam ser o bastante
Para abafar quaisquer sentimentos que tentassem fugir
E vem um sussurro não sei ao certo se ferido ou arrogante
Cria os versos por onde ariscos escapam antes de dormir

Talvez seja uma metáfora de Júlio Verne ao descrever a terra
Dentro de outra terra talvez ele soubesse que existe um mundo
Diferente em cada um ou só em mim que há um hiato uma guerra
Que o que faz um bom jardim não são as sementes mas o solo fecundo

Abençoadas sejam as lágrimas que não escorrem por nosso rosto
São elas que irrigam os versos que desabrocham neste solo
Que nos ensinam como esperar por outro dia para ter o gosto
De um carinho não vou chorar esta noite vou deitar me em seu colo

E sonhar com o que vi em seu olhar

Deus abençoe a lágrima sal de nossa terra
Carlos Correa

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Comentários

  • Gestores

    Sempre um poema especial. Toca profundamente.

    Quanto aos mundos, a imensurável grandesa de Deus criou muitos, e nós ainda não temos permissão para viajar.

    DESTACADO!

    • acho que essa permissão vai demorar...rs...obrigado Margarida, bj grande, fica com Deus

  • Boa tarde Carlos Manuel

    O ser humano vive hoje, um grande dilema, pois são comparados à tudo que a poesia possa mostrar

    Um belo poema,Davi

    Parabéns

    Abraços

    Bridon 

  • Parabéns poeta dos mares realmente um boa leitura doutor.

  • Adorável poesia. Leitura imperdível aqui. Feliz sábado

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