Sem brilho

Eu estava sozinho na escuridão
Caminhava guiado pelas cordas
Vi seus olhos ali perdidos ao chão
Vi pessoas solitárias e suas hordas

Fui até você e peguei em sua mão
Com carinho afastei seus cabelos
Assobiei desafinado uma canção
Tentei retirá-la daquele pesadelo

Você se virou quase dizendo não
De sua boca palavra alguma fluía
Fugiu deixou-me com minha aflição
Ajoelhei-me rezei uma Ave Maria

Voltei diferente e tomei uma decisão
Guiei-me pelas cordas mais outra vez
Ficaria ali em meio a toda a escuridão
Até o dia que visse o brilho em sua tez

Assobiaria repetidamente aquela canção
Até que despertasse seu lindo coração

Deus abençoe os que mantém a Fé
Carlos Correa

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Comentários

  • Como é bom ler algo tão primoroso e belo 

     Parabéns. Leitura de fim de noite, imperdível. Abraço 

  • "É batata." Embora "Sem Brilho", o poeta consegue brilhar diante do extraordinário. Parabéns!

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CPP