Eu vi pessoas ao menos se pareciam com elas
Com o que tenham sido um dia e hoje não mais
Vi o fundo de seus olhos nos restos sem tigelas
Eu ouvi o silêncio de filhos de mães netos e pais
Pouco importa se eu levasse uma antiga canção
Ele a engoliria como o fez em cada outra vez
Eu vi milhares de folhas escritas jogadas ao chão
Sementes de poesias numa terra de suma aridez
Havia um homem e ele parecia jogar panfletos
Sobre pessoas mirradas que já nem podiam sonhar
Eram trovas toadas eram súplicas eram sonetos
Vi uma lágrima em rastilho de pólvora se transformar
Indescritível poder assistir os caminhos em diferentes
Direções espalhando a canção fazendo cada um acordar
Como um rastro de fogo despertando toda aquela gente
Eu vi o silêncio se calando eu vi aquele povo todo cantar
Eu o vi recuar acuado pelo som de cinco mil vozes em sintonia
Presenciei sua própria renovação testemunhei o amanhecer
Decerto fosse a imaginação eu vi o homem mudar sua anatomia
Abriu suas asas negras e se foi talvez uma ave não saberia dizer
Eu vi um mundo caído se levantar vi o Homem destruído caminhar
Deus abençoe os recomeços
Carlos Correa
Comentários
Há uma distância enorme entre sonhar e não sonhar.
Há apenas o esperar.
Bonito poema. DESTACADO.
e é tão escuro...obrigado por vir minha amiga. Deus abençoe sua luz
Caro Carlos Manuel
Um belo e sensível poema.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Meu sincero agradecimento JC, fica com Deus
Um poema digno de notas e aplausos! Maravilhoso
Sempre uma alegria te ver aqui. Deus a abençoe, obrigado
Bom dia meu bom amigo "trovador" lindo texto
Parabéns. O que seria de nós trovadores sem a escrita?
#JoãoCarreiraPoeta.
Olá João...obrigado por suas palavras carinhosas. Deus o abençoe