...O desespero era grande. Saiu correndo na rua; descendo sem notar veículos na faixa, corria com olhos cheios de água. Desviando de uns carros que vinham e, com a cena da mulher correndo a pé pela estrada, se assutavam. Ela corria, estava magoada, ferida e indignada, a vida não lhe fora benevolente, e isso doía lhe, profundamente a alma. Estava um dia chuvoso e meio frio, e ela com seu orgulho ferido corria. Chegou até um local onde havia trabalhadores que escavavam buracos no entorno da pista.
Parou! Refreou os ânimos.
Ficou observando o que faziam,cavavam buracos e um deles falou que ela teria que esperar para atravessar para a outra faixa da pista. Ficou ali olhando e pensando. Nenhum daqueles homens dava importância a sua face inchada de tanto chorar e seus olhos vermelhos. Eram indiferentes ao seu sofrimento. Ela recuou, voltou ao mesmo ponto, de onde saíra. Viu ao longe o local onde teve o impasse. Sua mente reavivou tudo. A rua, o choro, as pessoas buzinando, ela correndo e os trabalhores. Enquanto relembrava, alguém com ela falava:
- Onde penduro essa toalha?
Ela muda, nada respondia e depois de um instante, que pareceu longo demais, ela mencionou:
- Não sei, só tome cuidado com os buracos. Estão cavando ali na estrada principal.
Acordou cismada com o sonho.
Lilian Ferraz
12/05/2023
Comentários
Encantador, Lilian. Gratidão.
🌷😘🤩
Lindo e emocionante conto, cara amiga.
Sempre estarmos atentos a tudo que se apresenta, ou ao vivo ou nos sonhos.
Parabéns
Abraços
JC bridon
Agradeço suas palavras e atenção 😘🌷
Aplausos,Lilian!!
Beijos
Sempre honrada com sua presença e apreciação 😘
Que inspiração neste pesadelo... Muita criatividade e bela publicação amiga Lilian
Parabéns
Abraços de Antonio Domingos
Agradeço, caro poeta 😘